Os livros nunca terminados, os textos que nunca chegaram ao fim, os disversos cursos largados no meio, os filmes sempre deixados para um outro dia mais conveniente, que nunca chega, os diários antigos ainda em branco, as três palavras engolidas que deviam ser sempre relembradas. Acho que isso diz mais de mim, do que tudo que leio, escrevo, faço, assisto, falo.
Sou a preguiça sempre presente. A rotina incessante. Os dias corriqueiros. A fome de mundo, o medo de tudo. A saudade daquilo tudo que é desconhecido (sentimento estranho, não?).
Esse é mais um dia que eu queria ser como os Franciscos, os Agenores, Antônio, Vinícius, Renato, Amarante. Ter o dom da palavra. Ser um desses homens, que me deixam sem ar, que me fazem ir além, que me remetem a outros tempos, outros sentimentos, outros eu.
Mais um dia que eu queria ser como um dos Nelson, Mahatma, Martin, Ernesto, Henrique, Herbert... Um ativista, ser a resistência. Tentar, lutar. Não ser tão conformista, tão egoísta.
Hoje, eu acredito que amanhã mudo, que tiro o que está no lugar errado, que me coloco nos eixos. Que termino o livro guardado, ou começo um novo, é mesmo sempre bom inovar. Vou atrás do que quero, de quem eu quero por perto. Vou crer que posso, que o futuro é mesmo logo ali, e que tentar transformar esse mundo não é uma mera ilusão.
eu gosto desse, mas eu me lembro da expressão da sua professora de religião e o risinho ao ler ):
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