domingo, 22 de abril de 2012

Nem vi você chegar

Isso tudo me parece ainda irreal. Meu mundo girou, girou em linhas tortas, e eu te descobri, mais uma vez.
Antes, um rosto bonito, traços fortes, fala articulada, cabelos longos, calças folgadas, passos gingados, cores, um mistério. Algo novo, desconhecido e distante. Quem seria você? Supus uma idade, nome, profissão. Criei um universo, que não me cabia. Distante.
E hoje, te tenho aqui, do meu lado. Carinho, querer. Tão perto, cada vez mais. Ocupando meu espaços, brincado nos meus quintais. Sem permissão entrou, ficou, fincou, está. Abrindo cortinas. Me reconstruindo, me desnorteando.
E quando? Como? Por quê?
- É o tempo nos mostrando sua imprevisibilidade. Que tudo é possibilidade, movimento. Encontros e desencontros.

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